quinta-feira, 22 de julho de 2010

estatística pessoal diária

acordado, chapado, final de manhã torpe que nem presta e uma ânsia de cigarro maior que a vida. eu gostaria hoje, de preparar um pouco de terra num vaso para uma roseira, detidamente. rabiscos... saudades... mas pricipalmente amor. um soneto de Gonçalves Dias:

Soneto

Baixel veloz, que ao úmido elemento
A voz do nauta experto afoito entrega,
Demora o curso teu, perto navega
Da terra onde fica meu pensamento!

Enquanto vais cortando o salso argento,
Desta praia feliz não se desprega
(Meus olhos, não, que amargo pranto os rega)
Minha alma, sim, e o amor que é meu tormento.

Baixel, que vais fugindo despiedado,
Sem temor dos contrastes da procela,
Volta ao menos, qual vais tão apressado.

Encontre-a eu gentil, mimosa e bela!
E o pranto qu'ora verto amargurado
Possa eu verter então nos lábios dela!

uma carteira de Hollywood, maybe e um monte de imagens numa ilha enfumaçada de edição. um inventário de objetos pra traçar uma cartografia do meu cotidiano. tudo denovo agora, por favor. só preciso garantir que não estou vazio. no mais descanso nos intervalos em que desejo escrever.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

retratos

retratos

oficina de retrato

grande encontro tive com os meninos e as meninas do Colégio Adauto Bezerra nesse mês de julho. discutimos, vimos fotos, comemos, nos divertimos e... fizemos dois ensaios. a oficina de retrato foi recheada de pessoas lindas e por um trabalho em grupo que só a vontade de criar proporciona. Tô muito feliz.

impossível só o céu

há muito tempo eu queria fazer uma
foto do céu visto da minha janela num final de tarde em que as nuvens são iluminadas por uma luz rasante, que lava todo o lado desprotegido delas. ao mesmo tempo em que nunca esqueci daquela antena, enfiada ali no meio, pra avisar  de que no meio dessa imensidão de beleza há uma forma que se contrapõe a leveza e ao arrendondamento das nuvens e que se destaca justamente por sua silhueta escura e reta. tudo isso de tanto olhar pela minha janela.