terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Retalhos recentes.

Não fiz nada além do prazeroso para mim ali naquele momento. Não tenho culpa se ele tomou uma atitude vacilante. Infelizmente tive medo daquele negócio e atirei. Eu só te digo isso porque tenho as roupas sujas e não pude comprar novas depois da merda. Também, ninguém venderia roupas pra alguém respingado de manchas na roupa e uma cara perdida. Ah! Foi isso! Na verdade não consegui nem chegar na cama. Caí no corredor. Queda livre, cara no jarro de barro do canto. Na verdade não te digo nada. Eu nem abri a boca, nem olhei nos teus olhos ainda depois de tudo, mas já não consigo te oferecer o mesmo cara, o mesmo afeto. Fotografias estranhas na parede. Quem é aquele ao teu lado no último casamento a que fomos. Vou me entregar à polícia, a um mosteiro ou um sanatório. É porque às vezes dá vontade de desistir de tudo, sabe? Mas primeiro vou fugir, como faço agora. Sempre. Sem grandes sonhos, sem grandes desilusões, sem grandes concretizações.
Primeiro cigarro. Vontade agora de fumar vários. Estava escrevendo e olhei para ele com medo de ter acabado, de não tê-lo, e parei de estudar para fumar. Parei de fumar para escrever sobre essa paranóia e parei de escrever porque gosto realmente dos manuscritos, e para fumar o resto do cigarro.