sexta-feira, 20 de junho de 2008

Cartas na rua.

Lembranças de quando era criança e mijaram nas suas pernas. À aquele soco recebido na nuca pelas costas não houve revide. Um dia sua inocência o transformou em lixo. Do chão sofria os chutes, bicudos no estômago. Olha, eu tenho um pecado, um ódio guardado.
falseando pela rua numa madrugada, após voltar de uma vitória. Apanhou uma pequena barra de ferro que lhe fazia Chaplin, sulamericano, moreno. Uma pessoa dobra a esquina bem próxima de maneira rápida, que o assusta.
Cinco minutos depois ainda estava catatônico, aparvorado, imbecil, mudo. O círculo de um compasso a sua volta. que prazer era aquele? Não largou a barra de ferro. Voltou a andar, agora para casa.
Nuvenzinhas em cima da sua cabeça com chapado branco e contorno e letras em preto: "Se eu não fosse tão covarde, poderia matar muito mais." Com algum esforço colhi dos seus olhos ódios mofados.
Apaixonamo-nos; eu por provocar o melhor dele; ele, em agradecimento.